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Durante décadas, empresas implementaram o PPA – Plano de Preparação para Aposentadoria como sinal de cuidado com seus colaboradores. Na prática, porém, o foco sempre foi preparar para a saída, para o encerramento do ciclo corporativo. Mas será que esse modelo ainda faz sentido?
Vivemos em um mundo em que profissionais 50+ estão no auge da carreira, com bagagem, rede de contatos e energia para continuar ativos por mais 15 ou 20 anos. Com a longevidade crescente, a ideia de que o destino natural do colaborador é a aposentadoria se mostra cada vez mais ultrapassada.
Se a realidade mudou, não é hora de o RH também atualizar suas práticas?
O Brasil já ultrapassou a marca de 32 milhões de pessoas acima dos 60 anos e, segundo o IBGE, a expectativa média de vida deve chegar a 81,5 anos até 2040. Isso significa quase duas décadas adicionais de vida ativa em comparação com as gerações anteriores.
Mais do que números, esse movimento representa uma mudança de mentalidade. Pesquisas indicam que 80% dos profissionais acima dos 55 anos não querem parar. Eles desejam continuar trabalhando, empreendendo, ensinando e contribuindo de novas formas. A maturidade deixou de ser sinônimo de fim da carreira e passou a ser uma fase de recomposição, inovação e busca por relevância (Fast Company Brasil, 2023).
Esse fenômeno global já tem nome: a potência 50+. Cada vez mais, homens e mulheres maduros deixam o ambiente corporativo formal, mas permanecem ativos em conselhos, startups, consultorias, terceiro setor e novos empreendimentos pessoais.
Diante desse cenário, insistir em um programa de preparação para aposentadoria soa desatualizado. O que as organizações precisam oferecer é visão de futuro, segurança emocional e ferramentas para que os profissionais construam seu pós-carreira com liberdade e propósito.
Segundo a consultoria Mercer, 53% das empresas brasileiras já oferecem previdência privada como benefício, e 16% estruturaram programas formais de preparação para aposentadoria (Money Report, 2024). O problema não está em oferecer esse suporte — ele é válido e necessário — mas em acreditar que isso basta.
A preparação financeira é apenas um dos pilares da transição. Ela garante estabilidade, mas não responde às perguntas que realmente afetam a qualidade dessa etapa, como:
Quem é o profissional sem o crachá?
Quais papéis e projetos deseja ocupar na nova fase?
Como preservar sua rede de relações e sua relevância?
De que forma cuidar da saúde emocional e do senso de identidade?
Um PPA, por melhor que seja, não contempla toda essa complexidade. Ele se restringe a um olhar de encerramento de ciclo, quando o que os profissionais desejam é iniciar um novo ciclo com mais significado.
É nesse contexto que surge o PPPC – Programa de Preparação para o Pós-Carreira. Diferente do PPA, que se concentra no desfecho, o PPPC é um convite para que os profissionais protagonizem sua próxima fase de vida com autonomia.
Um PPPC deve se apoiar em pilares como:
Autoconhecimento: clareza sobre talentos, valores e identidade além do crachá.
Visão de futuro: definição de projetos, papéis sociais e legado, com planejamento intencional.
Saúde integral e redes de apoio: equilíbrio emocional, qualidade de vida e relacionamentos.
Educação financeira ampliada: direcionar recursos não só para acumular, mas para criar possibilidades.
Reconfiguração da identidade profissional: fortalecimento da marca pessoal e abertura para novas formas de atuação.
Employer branding atrativo
Empresas que apoiam seus talentos na transição se tornam mais desejadas e fortalecem sua reputação.
Produtividade e engajamento
Colaboradores preparados para o futuro permanecem mais focados e motivados no presente.
Legados vivos
Profissionais bem preparados podem atuar como mentores, parceiros ou embaixadores da cultura organizacional.
Visão inclusiva e contemporânea
Enquanto o PPA olha para o fim, os PPPC refletem múltiplos ciclos, desejo de liberdade e novas formas de contribuição.
O PPA já cumpriu seu papel. Hoje, representa um conceito que não conversa mais com a realidade de uma geração longeva, ativa e desejosa de novos ciclos de contribuição.
Os PPPC são a evolução necessária: uma estratégia que alia cuidado com o indivíduo, fortalecimento da marca empregadora e valorização da potência 50+.
Cabe ao RH assumir esse protagonismo: preparar talentos não para o fim, mas para a continuidade profissional. Não para a aposentadoria, mas para um futuro produtivo — o que é bom para o indivíduo, para as empresas e para toda a sociedade.
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Atualizado em: 22/08/2025 17:48 |